Ervedal da Beira

Breve História

 

“Por aqui passaram os mais diferentes povos da antiguidade, os quais, por meios pacíficos ou pela conquista, se instalaram, dominaram e muitas vezes, se confundiram com os primitivos povos naturais.

Os Cartagineses, dominaram aqui, desde o século VI até ao ano 218, antes de Cristo.

Seguiram-se-lhes os Romanos, cujo domínio durou desde aquele tempo até ao século V da era cristã, cerca do ano 409.

Vieram depois os povos bárbaros a que se seguiu a monarquia visigótica, que durou desde 414 até ao ano de 710.

Todas as lutas para a posse do território, e, especialmente, as que se travaram entre os príncipes cristãos e os muçulmanos, dominadores da península, revestiram-se da maior violência no decorrer de grandes batalhas, com inúmeros ataques e contra-ataques.

ERVEDAL deve ter suportado todas as inclemências a que estiveram sujeitas as outras povoações da região.

Que assim é, de facto, atestam-no os inúmeros vestígios que se deparam, por vezes, nos campos que circundam a vila, a que nem sempre se liga a devida importância, por desinteresse ou por desconhecimento do seu valor para estudo do passado do Ervedal. ”

in “Ervedal de outros tempos” de Sebastião Ferrão Melo Junior

 

O Moleiro

Agostinho Mendes é o nosso conhecido Moleiro de Ervedal.

Um homem com uma imaginação invulgar e uma força interior extraordinária. Trocou os moinhos tradicionais movidos a água por mós movidos a energia electrica.

Com mais de 60 anos sente e vive esta profissão que o ocupou desde sempre, com prazer e e orgulho

De uma simplicidade exemplar inicia o dia logo pela alvorada até altas horas da noite.

Ervedal e região devastado

Video a partir do Largo da Cadeia c)

Largo da Cadeia

Video do Jardim do coreto c)

De novo online

Após um largo período em offline, o Portal de Ervedal da Beira voltou a ficar activo na Rede.
Convém não esquecer que esta página é um projecto pessoal que se iniciou há mais de 10 anos, sem qualquer apoio oficial ou de qualquer outra fonte, padecendo de alguns riscos inerentes aos dominios existentes na internet nos tempos que correm, nomeadamente ataques de hackers e afins que implicam perda de dados e reposição de todo o contéudo existente à data! Nem sempre há disponibilidade para essas recuperações o que faz com que  existem interregnos como este que aconteceu.
Vou tentar, dentro da minha futura disponibilidade tentar repor os conteúdos que existiam anteriormente mas, está a ser um pouco mais lento do que o desejável.
Assim sendo e, porque este Portal estava com um enorme numero de visitantes de todas as partes do Mundo e, tambem porque Ervedal da Beira merece ter uma página na internet que divulgue o que se faz por cá, estou a recomeçar o árduo trabalho!
Resta-me desejar que este continue a ser um meio de divulgaçao da nossa terra.
Devo realçar que tambem na rede social FB existe um grupo dedicado à divulgaçao do que se vai passando na nossa terra.

http://www.facebook.com/groups/ervedaldabeira/

Carlos Manuel Amaral

O Oleiro

Pequena história da vida do Oleiro

O Sr.  Manuel já trabalha como oleiro desde os seus 8 anos.  Aprendeu essa profissão com seus pais e já os seus bisavós eram oleiros.

Aos 18 anos, foi obrigado a deixar esta profissão pois com o aparecimento dos plásticos as pessoas já não compravam tantas peças de barro.  Foi forçado a ir para Lisboa com a sua família, já que, por aqui não ganhavam o suficiente para o seu sustento.

Mesmo longe da sua oficina, tinha desejo de trabalhar o barro.  Sempre que passava nas ruas de Lisboa, tentava ver se encontrava um local onde ele fosse trabalhado.

Finalmente, um dia encontrou a dita oficina.  Na montra estavam várias peças de barro.  A curiosidade e a ansiedade levaram-no até lá dentro e deram-lhe coragem para pedir para fazer uma peça de barro.

Os dois senhores que estavam na oficina quando ouviram tal coisa acharam que o Sr.  Manuel estava a brincar (gozar). Então, riram-se dele, deram-lhe uma oportunidade e entregaram-lhe um avental.

“Só pela maneira como colocou o avental, já vimos que percebe de olaria” –  exclamaram os dois homens.

Então, o Sr.  Manuel sentou-se e começou a trabalhar o barro e dali saiu uma peça elaborada apenas pela sua imaginação. Eles, encantados, contrataram- no logo como empregado.

Mais tarde voltou à sua terra, à sua oficina e continuou a trabalhar na olaria até aos dias de hoje.

Descrição da oficina do Oleiro 

A oficina do Sr.  Manuel é pequena, mas tem o espaço necessário para ele produzir as suas peças de barro, contando às vezes com o apoio da sua esposa.

Esta oficina tem todos os materiais que o oleiro necessita para o seu trabalho: duas rodas de oleiro, três estantes onde são depositadas as peças depois de saírem da roda, um forno para cozer as peças e ainda uma fieira para moer o barro.